Magros também brigam com a balança. Sofrem para comprar roupa. Eles querem ter músculos. Elas, curvas. E ninguém dá bola para suas queixas.
É o que dá ser minoria, em plena cruzada global antiobesidade. "Atendo um magro a cada cem obesos", diz o endocrinologista Bruno Geloneze, da Unicamp.
Estima-se em menos de 5% os brasileiros "magros demais" -embora um ditado popular diga que "magreza e dinheiro nunca são demais".
Os magros da estimativa têm IMC (Índice de Massa Corporal) abaixo de 18,5 (calcula-se dividindo o peso em quilo pelo quadrado da altura em metro). Não significa que estejam doentes.
Mas há confusão entre magro e fraco. Por isso, receitas com ovo de pata, fortificantes e óleo de fígado de bacalhau recheiam a infância de magros "de ruindade" (leia-se predisposição genética).
Mesmo grandinha, aos 22 anos, a consultora financeira Flávia Fonseca -hoje com 35 e 54 quilos para 1,64 m de altura- entrou na fila da multimistura distribuída a carentes pela Pastoral da Criança. "Pensei que, se os bebês desnutridos ganhavam peso em pouco tempo, eu também ganharia." Ela pesava 49 quilos. Tomou a ração por seis meses. "Eu me pesava toda semana. Depois, desencanei."
Sua pior fase foi a adolescência. "Usava jeans 34. Ia para a praia de short, achava que não tinha bumbum. Minhas amigas, que tinham mais corpo, chamavam a atenção. Não era fácil achar namorado."
Hoje, a consultora se resolveu com a magreza. Em vez de seguir receitas para engordar, faz musculação. "Percebi que é mais importante ganhar massa magra. De uns anos para cá, agradeço esse metabolismo acelerado."
Retirado daqui
O ideal é achar um meio termo em tudo, exatamente tudo, na vida!
Beijosss
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